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Dilma: povo saberá conviver com “instabilidade política” nas Olimpíadas

Publicado em 04/05/2016 Editoria: Geral Comente!


Dilma acende tocha olímpica em cerimônia no Palácio do Planalto/Marcelo Camargo/Agência Brasil

Dilma acende tocha olímpica em cerimônia no Palácio do Planalto/Marcelo Camargo/Agência Brasil

Em cerimônia de recebimento da tocha olímpica, presidente afirma que o país vive momento “verdadeiramente crítico”, mas que a população saberá conviver com as dificuldades políticas durante os jogos olímpicos

Na cerimônia de recebimento da tocha olímpica na manhã desta terça-feira (3), a presidente Dilma Rousseff disse que o povo brasileiro saberá sediar o maior evento esportivo do mundo e conviver com o momento político conturbado que atravessa o país. “Sabemos as dificuldades políticas que existem em nosso país hoje, conhecemos a instabilidade política. O Brasil será capaz de, mesmo convivendo com um período difícil, muito difícil, verdadeiramente crítico da nossa história e da história da democracia, saber conviver, porque criamos todas as condições para isso”, disse Dilma em seu discurso.

A fala da presidente foi marcada pelos agradecimentos à equipe envolvida na organização do evento. Dilma não comentou sobre o processo de impeachment, cujo parecer será apresentado amanhã na comissão especial do Senado. Caso o Plenário aceite o processo contra a petista, a presidente será afastada do cargo por até 180 dias, e quem assumirá o comando do Palácio do Planalto será o vice-presidente, Michel Temer. Assim, existe a possibilidade de que a abertura dos Jogos Olímpicos, marcada para o dia 5 de agosto, seja feita por Temer, e não por Dilma.

Em relação à segurança do evento – que já foi alvo de ameaça terrorista – a presidente afirmou que foram firmados acordos com agências de inteligência internacionais, para combater qualquer risco de atentado durante os jogos. A presidente disse que repetirá o esquema de segurança implantado durante da Copa do Mundo de 2014, com a integração das forças nacionais de segurança pública com as estaduais, sob um único comando. “O Brasil está pronto para realizar a mais bem-sucedida edição dos jogos olímpicos, trabalhamos para isso”, declarou.

Em seu discurso, o ministro interino do Esporte, Ricardo Leyser, destacou os programas de incentivo ao esporte do governo. “Para o esporte brasileiro, Dilma foi a melhor presidente da República de toda a história. Continue sempre com o esporte poque a senhora é muito importante para todos nós”, disse Leyser. “Estamos no apogeu da história esportiva brasileira”, acrescentou.

O presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, destacou a condução da tocha olímpica à Organização das Nações Unidas pela primeira vez, no último dia 29. “Em 120 anos de história dos jogos, nenhuma cidade, nenhum país e nenhum embaixador conseguiu convencer o comitê olímpico e as

Nações Unidas. Com isso, nos sentimos extremamente orgulhosos por esse momento”, disse Nuzman. Segundo o presidente do COB, até o dia 5 de agosto, quando chegará ao estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, a tocha olímpica percorrerá 329 cidades, todas as capitais e passará pelas mãos de mais de 12 mil carregadores. “O Rio está pronto para entrar para história”, discursou.

Após os discursos, Dilma acendeu a tocha olímpica e a entregou à jogadora de vôlei e bicampeã olímpica Fabiana Claudino, que deu início ao revezamento. Apesar de a cerimônia ter estado lotada, os gritos de “não vai ter golpe” entre a plateia foram isolados.

› FONTE: LUMA POLETTI/ Congresso em Foco

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