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Agronegócio estimula o varejo no oeste de Santa Catarina

Publicado em 08/04/2016 Editoria: Logística e Indústrias Comente!


O agronegócio é pilar da economia em cidades de pequeno porte no estado, sobretudo no oeste, e estimula a manutenção do movimento econômico no comércio varejista catarinense, apesar da retração econômica generalizada

Quem confirma esta situação são os empresários do setor, que veem o cenário atual com mais otimismo do que nos demais segmentos. Para ter noção da importância do agribusiness na economia de Santa Catarina a soja (16,7%) e o leite (11,6%) estão em segundo e terceiro lugar, respectivamente, no ranking dos itens com maior crescimento da produção agrícola estadual da safra de 2015 sobre o ano anterior, atrás apenas da cebola (23,5%).

Na avaliação de Ivan Tauffer, presidente da Federação das CDLs de Santa Catarina (FCDL/SC), a estabilidade econômica vivenciada por estas cidades ocorre em função da diversificação no destino dado à produção catarinense. "Muitos produtores têm encontrado outros mercados para escoar a produção. Com isso eles conseguem permanecer produzindo e mantêm a economia aquecida", avalia Tauffer.

Dados do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola da Epagri mostram que o rendimento médio do milho cresceu 0,61% entre 2014 e 2015. No caso da soja os preços no mês de dezembro de 2015 foram 13% maiores em relação ao ano anterior. Entre outubro de 2014 e setembro do ano seguinte foram abatidos 882 milhões de frangos. Além disso, o estado é o maior produtor e exportador de carne suína do país, com cerca de 10 mil criadores integrados às agroindústrias e independentes, que produzem anualmente 850 mil toneladas de carne suína.

Os números positivos refletem na percepção do varejo. Em Guaraciaba, onde a renda também advém da agricultura, Odilo Moser, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e empresário do ramo de insumos agrícolas, afirma que a recessão não é tão sentida no município. "Nossa vocação econômica tem nos deixado em situação mais confortável", considera.

Chapecó e os municípios do entorno também estão com boa avaliação, garante Neivor Canton, vice-presidente da Cooperativa Central Aurora. "Ainda não percebemos grandes níveis de desemprego se compararmos com o litoral ou outros pontos mais industrializadas. Com estas informações é possível afirmar que, com o agronegócio indo bem, o varejo também está em boa situação", conclui.

Radiografia do comércio varejista

De acordo com levantamento de 2015 do Ministério do Trabalho e Emprego, nas 20 cidades do extremo-oeste há 2.174 estabelecimentos comerciais, enquanto o setor de serviços tem 2.026. Já a agricultura conta com 339 negócios. A região responde por 2% do Produto Interno Bruto de Santa Catarina, com R$ 3,5 milhões.

O oeste, com suas 56 cidades, contribui com 7,4% do PIB catarinense e o comércio varejista possui 7.649 estabelecimentos, seguido pelo setor de serviços, com 7.179 empresas, e a agropecuária, com 1.257 negócios.

› FONTE: PalavraCom

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