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Saúde divulgou nesta terça boletim atualizado da dengue, febre do chikungunya e zika vírus em Santa Catarina

Publicado em 05/02/2016 Editoria: Saúde Comente!


No período de 1º a 30 de janeiro deste ano foram notificados 879 casos de dengue em Santa Catarina. Desses, 828 (94%) estão em investigação, aguardando resultado laboratorial, 15 (2%) foram confirmados pelo critério laboratorial e 36 (4%) foram descartados. Os números constam do boletim 4 de dengue, zika e chikungunya, com dados referentes até a Semana Epidemiológica n° 4 (1º a 30 de janeiro de 2016), divulgados nesta terça-feira, 2, pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) da Secretaria de Estado da Saúde.

Do total de confirmados, um (7%) é autóctone, nove (60%) são importados (transmissão fora do Estado) e cinco (33%) estão em investigação para definição do local provável de infecção (Tabelas 1 e 2).

Tabela 1: Casos de dengue, segundo classificação. Santa Catarina, 2015 - 2016.

Classificação

2015

2016

Casos

%

Casos

%

Confirmados

3.618

32

15

2

Autóctones

3.279

91

1

7

Importados

274

7

9

60

Em investigação de LPI

65

2

5

33

Descartados

6.813

60

36

4

Suspeitos

909

8

828

94

Total Notificados

11.340

100

879

100

 

            Fonte: SINAN Online (com informações até o dia 30/01/2016).

Tabela 2: Casos confirmados de dengue segundo município de residência e classificação de Local Provável de Infecção (LPI). Santa Catarina, 2016.

Municípios de Residência SC

Nº de casos em Investigação de LPI

Nº de casos importados

Nº de casos autóctones

Autóctones

LPI

Bom Jesus

1

2

0

 

Canoinhas

0

1

0

 

Chapecó

0

1

0

 

Florianópolis

0

2

0

 

Jaraguá do Sul

0

1

0

 

Joaçaba

0

1

0

 

Lages

1

0

0

 

Navegantes

1

0

0

 

Palhoça

1

0

0

 

Palmitos

1

0

0

 

Pinhalzinho

0

0

1

Pinhalzinho

Xaxim

0

1

0

 

Total

5

9

1

 

Fonte: SINAN Online (com informações até o dia 30/01/2016)

Em 2015 foram notificados 11.340 casos de dengue, dos quais 3.618 casos foram confirmados (32%), 6.813 (60%) foram descartados e 909 (8%) estão em investigação. Do total de casos confirmados, 3.279 (91%) eram autóctones, 274 (7%) importados e 65 (2%) estão em investigação para identificação do local provável de infecção. Em relação ao boletim anterior (publicado no dia 26 de janeiro), dos casos em investigação, foram confirmados mais dois (2) casos de dengue, que estão em investigação para definir o local provável de infecção.

Comparando os anos de 2015 e 2016, ate a Semana Epidemiológica 4 de 2015 (31/01/2015), tinham sido notificados 405 casos de dengue, sendo 109 confirmados como autóctones. Já em 2016, considerando o mesmo período, foram notificados 879 casos, sendo que um foi confirmado como autóctone, até o momento.

Em relação aos focos do mosquito Aedes aegypti, em Santa Catarina, até a Semana Epidemiológica 04/2016 (de 1º a 30 de janeiro de 2016), foram identificados 905 focos, em 77 municípios. Neste mesmo período em 2015, tinham sido identificados 1069 focos em 48 municípios.

São 28 municípios considerados infestados pelo mosquito Aedes aegypti: Anchieta, Balneário Camboriú, Chapecó, Cordilheira Alta, Coronel Freitas, Coronel Martins, Cunha Porã, Florianópolis, Guaraciaba, Guarujá do Sul, Itajaí, Itapema, Joinville, Maravilha, Nova Itaberaba, Novo Horizonte, Palmitos, Passo de Torres, Pinhalzinho, Planalto Alegre, Princesa, São Bernardino, São Lourenço do Oeste, São Miguel do Oeste, Serra Alta, União do Oeste, Xanxerê e Xaxim. A definição de infestação é realizada de acordo com a disseminação e manutenção dos focos.

Febre de chikungunya

No período de 1º a 30 de janeiro de 2016, foram notificados oito (26) casos suspeitos de febre de chikungunya em Santa Catarina, todos permanecendo em investigação.

No ano de 2015 foram notificados 122 casos suspeitos de chikungunya, dos quais quatro (3%) foram confirmados, 71 (58%) foram descartados e 47 (39%) permanecem em investigação. Do total de quatro casos confirmados, um foi autóctone do município de Itajaí e outros três foram importados de outros estados (Tabela 3).

Tabela 3: Casos de febre de chikungunya, segundo classificação. Santa Catarina, 2015-2016.

Classificação

2015

2016

Casos

%

Casos

%

Confirmados

4

3

0

0

Autóctones

1

25

0

0

Importados

3

75

0

0

Descartados

71

58

0

0

Suspeitos

47

39

26

100

Total Notificados

122

100

26

100

 

Fonte: SINAN NET (com informações até o dia 30/01/2016).

Febre do zika vírus

No período de 1º a 30 de janeiro de 2016 foram notificados 36 casos suspeitos de febre do zika vírus em Santa Catarina. Destes, cinco (14%) foram confirmados (quatro pelo critério clínico-epidemiológico e um pelo critério laboratorial), 18 (50%) foram descartados e 13 (36%) permanecem em investigação.

Todos os casos confirmados são importados. Estes casos foram identificados em Braço do Norte, Brusque, Florianópolis e Ipuaçu, e os prováveis locais de infecção foram os estados do Mato Grosso, Rio de Janeiro e Sergipe. 

No ano de 2015 foram notificados 78 casos de febre do zika virus, dos quais nove foram confirmados pelo critério clínico-epidemiológico, sendo todos importados de outros estados, (residentes em Itapema, Laguna, Florianópolis, Bombinhas, Gaspar e Pomerode), 62 foram descartados e sete permanecem em investigação.

Tabela 4: Casos de febre do zika vírus, segundo classificação. Santa Catarina, 2015-2016.

Classificação

2015

2016

Casos

%

Casos

%

Confirmados

9

12

5

14

Autóctones

0

0

0

0

Importados

9

100

5

100

Descartados

62

79

18

50

Suspeitos

7

9

13

36

Total Notificados

78

100

36

100

 

Fonte: LACEN (com informações até o dia 30/01/2016).

Tabela 5: Casos de febre do zika vírus, segundo classificação e município de residência. Santa Catarina, 2016.

Municípios de Residência SC

Casos Confirmados

Casos Descartados

Casos Em Investigação

Laboratorial

Clínico-epidemiológico

LPI

BALNEÁRIO CAMBORIÚ

0

0

 

1

1

BLUMENAU

0

0

 

0

1

BRAÇO DO NORTE

0

1

Sergipe

0

0

BRUSQUE

1

0

Mato Grosso

2

2

CAIBI

0

0

 

1

0

CHAPECÓ

0

0

 

3

0

FLORIANÓPOLIS

0

1

Rio de Janeiro

7

1

ITAJAÍ

0

0

 

0

4

ITAPOÁ

0

0

 

0

1

IPUAÇU

0

2

Mato Grosso

0

0

NOVA ERECHIM

0

0

 

1

0

PALHOÇA

0

0

 

0

1

SÃO JOSÉ

0

0

 

3

0

SÃO MIGUEL DO OESTE

0

0

 

0

1

URUSSANGA

0

0

 

0

1

Total

1

4

 

18

13

Fonte: LACEN (com informações até o dia 30/01/2016).

Situação das Salas Municipais para o combate ao Aedes aegypti/SC

A Sala Estadual para o combate ao Aedes aegypti/SC informa que todos os 28 municípios infestados pelo Aedes aegypti implantaram a sala de situação municipal. Os municípios de Novo Horizonte e Princesa ainda não informaram a composição das suas salas.

Informações sobre as visitas aos imóveis continuam sendo repassadas diariamente para a Sala Estadual, por todos os municípios 28 municípios infestados.

Dos 333.124 imóveis em área infestada, que devem receber visita até o dia 12 de fevereiro, já foram realizadas visitas em 152.816 imóveis, representando 45,9% do total. Os imóveis fechados ou que a visita foi recusada totalizam 39.286 (11,7% do total de imóveis existentes).

Os municípios de Cordilheira Alta, Coronel Martins, Guaraciaba, Maravilha, Nova Itaberaba, Planalto Alegre, São Bernardino, São Lourenço do Oeste e Xaxim já realizaram a visita em todos os imóveis das suas áreas infestadas.

Formalizaram a Sala Estadual solicitação de apoio das Forças Armadas os municípios de Balneário Camboriú, Florianópolis e Itajaí.

Além da intensificação nas visitas aos imóveis das áreas infestadas desses 28 municípios, a Coordenação da Atenção Básica da SES/SC emitiu a Nota Técnica nº 001/2016 e a Sala Estadual realizou uma webconferência no dia 22/01 com os Agentes Comunitários de Saúde de todos os municípios catarinenses. A orientação repassada foi que, na rotina das visitas aos imóveis, devem ser priorizadas as ações de orientação para população sobre as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, bem como formas de evitar e eliminar seus potenciais criadouros.

Na quinta-feira, 4, às 13h30min, será realizada uma videoconferência com todas as salas municipais, para realizar um balanço das ações realizadas até o momento, bem como discutir estratégias para a realização do segundo ciclo de visitas.

Orientações para evitar a proliferação do Aedes aegypti:

Evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usar, coloque areia até a borda;
Guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;
Mantenha lixeiras tampadas;
Deixe os depósitos para guardar água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água;
Plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água;
Trate a água da piscina com cloro e limpe uma vez por semana;
Mantenha ralos fechados e desentupidos;
Lave com escova os potes de comida e de água dos animais no mínimo uma vez por semana;
Retire a água acumulada em lajes;
Dê descarga no mínimo uma vez por semana em banheiros pouco usados;
Mantenha fechada a tampa do vaso sanitário;
Evite acumular entulho, pois podem se tornar locais de foco do mosquito da dengue.
Denuncie a existência de possíveis focos de Aedes aegypti para a Secretaria Municipal de Saúde;
Caso apresente sintomas de dengue, chikungunya o Zika vírus, procure uma unidade

O que é dengue?

É uma doença infecciosa febril causada por um arbovírus, sendo um dos principais problemas de saúde pública no mundo. É transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti infectado. Os sintomas da dengue são: febre, dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, dor retro-orbital (atrás dos olhos), e manchas vermelhas na pele.

Pessoas que estiveram nos últimos 14 dias numa cidade com presença do Aedes aegypti ou com transmissão da dengue e apresentar os sintomas citados devem procurar uma unidade de saúde para diagnóstico e tratamento adequado.

O que é febre de chikungunya?

É uma infecção viral causada pelo vírus chikungunya, que pode se apresentar sob forma aguda (com sintomas abruptos de febre alta, dor articular intensa, dor de cabeça e dor muscular, podendo ocorrer erupções cutâneas) e evoluir para as fases: subaguda (com persistência de dor articular) e crônica (com persistência de dor articular por meses ou anos). O nome da doença deriva de uma expressão usada na Tanzânia que significa "aquele que se curva".

Pessoas que estiveram nos últimos 14 dias em cidade com presença do Aedes aegypti ou com transmissão da febre de chikungunya e apresentar os sintomas citados devem procurar uma unidade de saúde para diagnóstico e tratamento adequado.

O que é febre do zika vírus?

É uma doença causada pelo vírus Zika (ZIKAV), transmitido pela picada do mesmo vetor da dengue, o Aedes aegypti, infectado. Pode manifestar-se clinicamente como uma doença febril aguda, com duração de 3-7 dias, geralmente sem complicações graves.

Segundo a literatura, mais de 80% das pessoas infectadas não desenvolvem manifestações clínicas. Porém, quando presentes, a doença se caracteriza pelo surgimento do exantema maculopapular pruriginoso, febre intermitente, hiperemia conjuntival não purulenta e sem prurido, artralgia, mialgia, edema periarticular e cefaleia. A artralgia pode persistir por, aproximadamente, um mês.

› FONTE: Diretoria de Vigilância Epidemiológica

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